segunda-feira, outubro 28, 2013

Passe livre

Quando eu era adolescente havia passe livre no trem, teoricamente as pessoas tinham que pagar, mas haviam tantos furos na cerca que quase todo mundo entrava de graça, e mesmo pagando o trem era muito barato.

O resultado era que os trens estavam sucateados, o tempo entre um trem e outro era de meia hora, as pessoas iam no teto, nas portas abertas. Eu cheguei a ver um corpo caído na linha do trem e cheguei a fugir de um arrastão no vagão.

Depois de mais de 10 anos de investimento no trem, financiado em grande parte pelo pagamento de passagens, posso dizer que é possível ir de São Paulo à Santo André de maneira razoável e rápida de trem porque o trem é pago, a qualidade do serviço está associada a receita gerada, mesmo sendo ainda algo estatal, esse pequeno capitalismo é suficiente para dar o mínimo de decência ao serviço e evita que pessoas morram no trajeto.

A mesma coisa se aplica à estradas, e serviços em geral. Tudo que é de graça não funciona, porque ninguém tem estímulo para fazer funcionar e quem usa o serviço "gratuito" não vê que está pagando por ele indiretamente através de impostos.

quinta-feira, outubro 03, 2013

A ascensão dos idiotas

Um dos efeitos dos regimes ditatoriais é a ascensão dos idiotas do partido. O cara é uma besta quadrada, mas como é do partido lhe dão um cargo. Já que a crítica é abolida, a sociedade tem que aguentar as idéias dos idiotas com poder.

Veja o caso do secretário de desenvolvimento urbano de São Paulo, Fernando de Mello Franco. Tudo que havia sido prometido para a cidade foi cancelado: bilhete mensal, arco do futuro, etc. O que restou para o idiota? Lutar contra vagas na garagem de prédios. De todos os problemas de São Paulo, esse não é um.

No geral, a prefeitura resolveu demonizar o carro em vez de fazer o seu trabalho. Mas mesmo considerando que isso seja verdade, acabar com as vagas de garagem não faz sentido, se não tem mais vaga de garagem, onde as pessoas vão colocar os carros? Na rua.