terça-feira, outubro 06, 2009

Comércio local

O curso foi bastante puxado, das 8h30 am até as 6 pm, com pausa de 30min para o almoço e dois breaks de 15min. Eles encomendaram uns kits de lanche para as pessoas e agente comeu na sala do curo mesmo. Mas hoje foi um schedule mais apertado, amanhã vamos almoçar na cafeteria da Applied.

Hoje de noite eu fui até um centro de compras perto do hotel chamado Bridgepoint. Não é um shopping, é um conjunto de lojas enormes que compartilham um mesmo estacionamento gigante. A maior loja é o Home Depot - loja de artigos para casa, equivalente ao Leroy Merlin - mas também tem Pet Shop, farmácia, loja de brinquedos e de roupas.

No Brasil o centro do consumo é o supermercado, todas as outras necessidades domésticas estão condicionadas à necessidade de comprar comida, já nos EUA o centro do consumo é a casa, ou seja, das 3 necessidades básicas de sobrevivência nós ainda estamos brigando com a primeira, enquanto que os americanos já resolveram a questão de conseguir comida, eles se preocupam mais em conseguir abrigo.

Falando em comida, a comida aqui é bem barata, come-se em um restaurante por uns US$ 16. Ontem eu comi um (big) sanduiche de rosbife, uma salada, uma (big) torta de berries e uma coaca (com direito a refil) por US$ 16,00. Hoje eu fui em um lugar bem bonitinho com boa musica tocando e uma garçonete simpática e paguei US$ 15 e pouco pela refeição mais a Coca. Eu pedi Porco com Barbequeue e uma salada verde. A garçonete trouxe um bom prato de folhas verdes com molho e crutons e um cesta com dois pedaços de pão de nozes com passas (ótimo, tipo o da Casa Suiça). Depois veio o prato: um pedaço de lombo com molho, purê de batata e vegetais. O molho era ótimo, picante no ponto certo e levemente adocicado, a carne era macia porém sem mais nenhum tempero além do molho. O purê era ok, mas os legumes eram uma merda, somente uns brócolis e uns pedaços de cenoura cozidos, acho que não tinha nem sal. Que falta que faz um alecrim e um pouco de azeite de oliva.

A garçonete foi muito simpática, na verdade todas as pessoas que trabalham atendendo o público são ótimas, todo mundo pergunta como está o seu dia antes de te atender, é atencioso e tal, não é que nem no Brasil onde você a moça do caixa te odeia. Perguntei para a garçonete como dar gorgeta, a regra que ela me disse é dar o dobro do imposto (que vem discriminado na conta) para a garçonete.

domingo, outubro 04, 2009

Segundo dia de viagem

Durmi por volta da meia noite e acordei as três com a aeromoça servindo o café. Eu adoro pousos, é muito legal ver os prédios ficando maiores e sentir o avião desabando na pista e depois a força dos freios parando a aeronave.

Depois de sair do avião é preciso passar pela imigração. É difícil entender o que o funcionário está falando porque estou com sono e meu ouvido está meio estranho por causa de compressão do pouso. Mas acho que é mais fácil passar pela imigração pela segunda vez pois o funcionário vê que você não tentou imigrar ilegalmente na primeira vez que você chegou.

Existem muitos funcionários no aeroporto e em geral eles são bastante simpáticos. Faço o check-in doméstico para pegar o voo para San Francisco, esse é bem mais chato que o check-in em São Paulo, tem que tirar o sapado e eu aprendo que os notebooks tem que ser colocados em bandejas separadas.

Lá pelas 6am eu chego no salão de embarque do meu voo, tenho quase duas horas para matar. Passo em uma banca e compro um Snacker, uma coca zero de 600ml, chiclet e um exemplar da Wired.

Por US$ 9,99 eu poderia comprar acesso Wi-Fi por um mês, mas eu vou escrever essas notas e acesso a Internet do hotel.

Usei o voitel para ligar para casa, realmente funciona e não é preciso pagar a ligação local, o que é muito bom pois eu não tinha moedas (havia esquecido que os orelhões daqui usam moedas, quase que eu tento comprar um cartão telefónico na banca de jornal)

Peguei um 767 para San Francisco, não é tão legal quanto o 777, mas ainda é melhor que um Airbus da TAM. Existe uma diferença de atitude nas pessoas para as pessoas que estavam no voo de SP para Miame a viagem era algo muito importante enquanto que para as pessoas no voo de Miame para San Francisco o voo é algo corriqueiro como pegar um Cometa até BH. O primeiro voo era internacional e havia toda a questão da lingua, visto, passaporte, etc, porém comparado com o de SP voo para Belém do Pará existe uma diferença. No Brasil quem anda de avião é o deputado, o cientista e os empresários, para as pessoas comuns uma viagem de avião é algo muito raro. Já nos EUA as pessoas viagem de avião o tempo todo, e tem-se todo o tipo e pessoa, na fileira do meu lado havia uma mulher bem gorda comendo um sanduichão que ela trouxe em uma sacola, isso é algo que dificilmente se veria em um voo doméstico no Brasil, já aqui a mulher faz a farofagem dela sem o menor constrangimento (Nesse voo a comida é paga, 6 dólares pelo lanche).

Viagem para San Francisco - Primeiro dia

A recomendação de chegar duas horas antes do voo é realmente importante, entre a chegada em Guarulhos e terminar de preencher o formulário de imigração passou-se 1h30m: Check-in, declaração de saída de bens, passar pelo raio-X, preencher o formulário de imigração e "Passageiros do voo 906 para Miame..."

O Avião é um Boing 777, acho que é o mesmo que eu voei para New York. É bem confortável, muito melhor do que o Airbus da TAM que eu voei para Belém.

No avião eu sento na primeira fileira da classe econômica, um lugar bem legal porque da para esticar as pernas e sentir inveja das pessoas da primeira classe. Do meu lado senta uma família simpática: pai, mãe, uma menina grande e um menininha de 1 ano e alguns meses. O bêbe sorri para mim como um anjinho.

Atrás de mim está um pai com uma menina de uns 4 anos, a menina quer subir na poltrona, o pai fica falando: "Fulana, a gente conversou que você tinha que se comportar no avião", a fulinha resolve ficar zanzando no corredor, o bebê do meu lado está fazendo a festa e sorrindo.

Chega a hora do embarque, o pai consegue fazer a menina se comportar, o problema é com o bebê, quando a mãe pega ele no colo o anjinho é possuído por alguma criatura infernal porque ele começa a berrar e a se contorcer. Acho que a criatura possuída berra por uma hora e meia, alternando espasmos histéricos e momentos de tranquilidade quando aparecia algo que a distraía ou quando a mãe enfiava algum alimento nela.

O pai fala com o bebê para aliviar o sofrimento dele, porém, dava para ver que o comportamento da criança era completamente proposital porque ela não chorava, ela berrava e se contorcia para sair do colo. Depois de uma hora de berros a mãe colocou a criança no chão e ela parou de gritar, o que comprova que não era sofrimento por causa de qualquer coisa, mas puro mimo. Essa pausa deve ter durado uns 10 minutos porque o demoninho de rosa queria sair de perto da poltrona dos pais e zanzar pelo avião. Ela chorou e berrou até que a mãe passeou com ela pelo avião. Mas foi uma curta pausa porque o bebezinho queria zanzar na primeira classe e o passeio acabou. E mais berros até que a meninha ficasse sem a sua energia demoníaca e dormisse.

Assisti Era do Gelo 3 quase interiro no avião, é bastante legal, o forte do filme é o humor físico e a qualidade da animação.